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Yamaha XJ6 N recebe atualizações estéticas para 2013

Naked de quatro cilindros manteve seu conceito racional, priorizando a facilidade de pilotagem e a economia para manter a vice-liderança da categoria

21/03/2013 - Roberto Brandão Filho / Agência INFOMOTO FOTOS: Mário Villaescusa / Fonte: iCarros

As motocicletas de média cilindrada estão sendo cada vez mais procuradas em todo o mundo. Pensando nisso, em 2008 a Yamaha apresentou a linha XJ6 na Europa, com o intuito de oferecer uma moto quatro cilindros para os motociclistas emergentes. Para isso, a fábrica optou por produzir uma moto mais acessível e amigável que as concorrentes da categoria de 600cc. Como de praxe, o Brasil demorou um pouco para receber a nova família da marca, que desembarcou por aqui somente dois anos depois, no início de 2010. Em duas versões, uma naked (sem carenagem) e uma sport-touring (carenada), a moto aposentou a linha FZ6 no país, passando a ser a única opção quatro cilindros de média cilindrada da Yamaha. No resto do mundo, a marca dos diapasões atualizou o modelo Fazer e o equipou com um motor de 800cc. Mas o Brasil ficou de fora desses planos.

Para tornar a XJ6 mais acessível, a marca deixou de lado alguns aspectos, sobretudo, a esportividade de sua antecessora. Apesar de ambas carregarem motor de quatro cilindros em linha, as semelhanças entre ela e a FZ6 param por aí. A capacidade cúbica foi mantida, assim como o diâmetro e o curso dos pistões, e a carcaça externa do motor. Mas, a XJ6 ganhou novo cabeçote, virabrequim e dutos de admissão retrabalhados. Ficou um pouco mais “mansa”, mas ganhou mais torque em baixas e médias rotações. Seu propulsor oferece 77,5 cv a 10.000 rpm, comparados aos 98 cv a 12.000 rpm da FZ6.

Poucas mudanças

Para 2013, quase nada mudou. A XJ6 recebeu apenas algumas modificações estéticas - assim como tantas outras motos lançadas ultimamente pela marca - e não evoluiu, continuando a passar despercebida aos olhos do consumidor brasileiro. Embora os números de venda sejam bons é comum encontrar com quem não a conheça. Exemplo: durante o teste, não apenas um, mas vários motociclistas nos pararam para perguntar se a XJ6 N usada no teste era o novo modelo da FZ6. Um tanto quanto estranho para uma moto que já tem três anos no nosso mercado.

Por incrível que pareça, este ano é a primeira vez que a XJ6 N sofreu atualizações estéticas desde seu lançamento em 2008, durante o Salão Internacional de Colônia, na Alemanha. As mudanças incluem novas carenagens no farol e aletas maiores no tanque de combustível. As lentes dos piscas também mudaram: não são mais amarelas e sim transparentes. A alça de apoio da garupa recebeu alterações e agora é formada por duas peças. O revestimento do assento ganhou um novo material, que oferece mais aderência ao piloto e passageiro(a). O desenho do painel foi mantido, mas agora conta com luz de LED para melhorar a visibilidade. De resto, tudo igual. Aos olhos leigos, pode parecer a mesma moto do ano passado.

Para a cidade e estrada

O chassi do tipo diamond ancora o motor DOHC de quatro cilindros e 600 cm³, com arrefecimento líquido. Por ser construído em aço, e não alumínio como sua principal rival, o peso da moto fica elevado, 215 kg (em ordem de marcha). Mas, isso não a deixa menos ágil no trânsito das grandes cidades. Em função dessa agilidade, somada a posição de pilotagem confortável, comandar a XJ6 N é tarefa fácil, tanto para os motociclistas mais experientes, quanto para os novatos. E esse é um dos principais atrativos da moto, um dos fatores que ainda a mantém na vice-liderança do segmento. A altura do assento, a somente 785 mm de distância para o solo, facilita o apoio dos pés no chão, deixando a XJ6 amigável para diferentes biótipos.

Para firmá-la como uma naked de entrada, a Yamaha equipou-a com um conjunto de suspensão espartano, visando também a diminuição do preço. Na dianteira, garfos telescópicos de 130 mm fazem um bom trabalho na absorção dos impactos. A balança traseira monoamortecida completa o conjunto e ainda oferece regulagem na pré carga da mola. Apesar de não ser equipada com ABS (apenas o modelo vendido no Reino Unido vem com o dispositivo), os dois discos dianteiros de 298 mm e o disco simples de 245 mm na traseira param com eficiência a XJ6 N. Mas, isso não significa que o sistema antitravamento não seria bem vindo.

Outro quesito que torna a XJ6N em uma opção interessante entre as nakeds de quatro cilindros é a economia de combustível. Por rodar bem em baixas rotações e mostrar força já nas faixas iniciais de giro, ela consome menos que as concorrentes. Durante nosso teste, percorremos exatos 257 km com a motocicleta, e utilizamos "apenas" 11,78 litros de gasolina. Na ponta do lápis, quer dizer, na calculadora, isso dá um total de 21,8 km/l. O consumo foi medido na cidade e na estrada, ambientes preferidos da XJ. Um número considerável para uma motocicleta de 600cc quatro cilindros, com uma pitada de esportividade.

Nas estradas o desempenho é bom, mas deixa a desejar na velocidade final em retas. As rodovias brasileiras tem o limite de velocidade entre 100 km/h e 120km/h, e estão lotadas de radares, então, esse não é um problema, pois ela ultrapassa essas marcas com facilidade. Mas, se você é do tipo que gosta de fazer "track days" nos finais de semana, a XJ6 N talvez não seja a melhor escolha. Em todo o caso, julgando sua performance na cidade e na estrada, o conjunto agrada bastante.

Vice-líder

Dentro da categoria naked de média cilindrada, a Yamaha XJ6 N ocupa a vice-liderança entre os emplacamentos: 3.565 unidades vendidas em 2012, só atrás da Honda CB 600F Hornet. O principal motivo pelo bom número de emplacamentos é por conta de seu preço atrativo, R$ 28.410,00 (sem frete), cerca de R$ 4.000,00 a menos que sua concorrente direta, a Honda CB 600 Hornet (sem C-ABS).

Entretanto, a Yamaha XJ6 N, a Suzuki Bandit 650 (R$ 29.990,00) e a Kasinski Comet GT 650 (R$ 21.990,00) são as únicas que ainda não se preocupam com a segurança de seu consumidor e não oferecem uma versão com freios ABS de suas motocicletas. Dessa maneira, ela fica com defasagem em comparação às suas outras concorrentes: a Kawasaki ER-6n (R$ 28.880,00 com ABS), Honda CB 600F Hornet (R$ 31.990,00 e R$ 34.990,00 com C-ABS) e BMW F 800R (R$ 35.500,00 com ABS de série).

Mas com seu conceito racional, que presa mais a facilidade de pilotagem, o conforto e a economia em detrimento da esportividade, a Yamaha XJ6N continua se mantendo na vice-liderança da categoria.

FICHA TÉCNICA:
Motor 4 cilindros 4 tempos, DOHC, arrefecimento líquido
Cilindrada 600 cm³
Potência máxima 77,5cv a 10.000rpm
Torque máximo 6,09 Kgf.m a 8.500 rpm
Diâmetro x Curso 65,5 x 44,5 mm
Taxa de compressão 12,2 + 0,4:1
Alimentação Injeção Eletrônica
Capacidade do tanque 17,3 litros
Câmbio Seis velocidades
Transmissão final Corrente
Embreagem Úmida, disco múltiplo - mola helicoidal
Suspensão dianteira Garfo telescópico com 130 mm de curso
Suspensão traseira Braço oscilante monocross com 130 mm de curso
Freio dianteiro Duplo disco de 298 mm
Freio traseiro  Disco de 245 mm
Pneu dianteiro 120/70 - ZR17 M/C 58W
Pneu traseiro 160/60 - ZR17M/C 69W
Chassi Berço Tubular em aço tipo Diamond
Dimensões (C x L x A) 2.120 X 770 X 1.085 mm
Altura do assento 785 mm
Altura mínima do solo 140 mm
Entre-eixos 1.440 mm
Peso seco 186 kg
Cores preto,branco e vermelho
Preço  R$ 28.410,00
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